O DESEMPENHO DA LÂMINA E A REPERCUSSÃO NO NEGÓCIO DE SERRARIA MÓVEL
- Alex Medeiros
- 6 de out. de 2016
- 2 min de leitura
O desempenho de uma lâmina de serraria móvel depende dos seguintes fatores:
1. Adequação da lâmina ao tipo de madeira processada;
2. Uso da lâmina dentro dos limites da ferramenta;
3. Cuidado no manuseio;
4. Perícia na reafiação / travamento;
5. Cuidado na estocagem e transporte;
6. Adequação do número de lâminas disponível ao volume de madeira serrada mensalmente.
O desempenho do conjunto de lâminas de uma serraria móvel tem um peso importante no resultado do negócio. O ideal seria que todas as lâminas entregassem um desempenho igual ao de uma lâmina nova. Obter menos do que isso significa contabilizar alguma perda para o negócio do serrador. Mas seria possível serrarmos numa condição semelhante a de alguém que só utiliza lâminas novas? Eu acredito que sim. Tudo é uma questão de gerenciamento das suas ferramentas.
Nesta sequência de posts nós vamos tratar de vários aspectos desse gerenciamento, discutindo os itens listados acima .

Vamos começar pelo item 3. Em se tratando de cuidado com as lâminas, eu recomendo ao dono do negócio adotar uma regra bem simples: considere que toda lâmina é um instrumento de precisão. E faça com que todos a tratem como tal. Ninguém imagina que depois de utilizarmos, por exemplo, um paquímetro, ele seja deixado sujo e molhado em qualquer lugar, sem proteção e sujeito a oxidação (ferrugem). Com uma lâmina não pode ser diferente. Uma Double Hard 7°, quando travada com perícia, conta com uma variação entre dentes travados da ordem de 0,0254mm (para um fio de cabelo passar nesse espaço você precisa dividí-lo em 3 partes!) É por essa condição que uma lâmina Wood-Mizer deixa uma superfície de corte quase aplaina, sem riscos. E é uma ferramenta com essa resolução que, muitas vezes, vemos completamente oxidada, jogada ao chão e sem nenhuma proteção. Será que isso não ajuda a explicar alguns dos problemas que enfrentamos com as lâminas? Não tenho dúvida que sim.
Portanto, o negócio só tem a ganhar se você tratar as suas lâminas como instrumentos de precisão. E isso não dá trabalho. Eu costumo, após sacar a lâmina da máquina, retirar o resíduo, secar, enrolar, identificar (em outro post falo disso) e colocar numa caixa própria. Essa caixa, depois de receber meia dúzia de lâminas, é fechada e vai para a minha oficina de afiação, retornando na mesma embalagem.
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